[Atauro, Timor Leste, 2004] ©António Lucas Soares
Alor é feito de estrelas. Foi concebido noutro planeta. Um cometa serviu de cegonha. Ou um vulcão. Lava fria ou lava quente, um meteorito cheio de curiosodade procurando o mundo por impacto. Deixa nos outros a memória côncava do cataclismo. Alor é, sobretudo, o corpo que o contém: o corpo é a sua cápsula. Encapsulado em Alor estão as duas verdades cuja revelação ele pode ascender. Uma verdade construída, que é a sua pessoa real. E uma verdade autêntica, que é a sua pessoa inventada.
Pedro Rosa Mendes, Peregrinação de Enmanuel Jhesus. D. Quixote. 2010.