"O Porto tem um carácter muito forte e marcas muito próprias. Tem um centro histórico património da humanidade; tem jardins de rara beleza e tranquilidade; tem pontes notáveis; tem uma costa fluvial e uma orla marítima que nos encantam; tem monumentos invejáveis; tem uma história que nos orgulha; tem uma forma muito própria de ser e de se exprimir.
Com as suas universidades e os seus centros de investigação, o Porto é
hoje uma cidade que produz o bem mais precioso para a competitividade e
para a qualidade de vida: o saber.
Por isso, estamos confiantes
no futuro. Temos uma estratégia de desenvolvimento que, ao nível
autárquico, passa por reforçar a coesão social, melhorar a mobilidade e
apostar na reabilitação urbana, por contraposição ao crescimento
desordenado e à densificação.
Ser firme na recusa em privilegiar
apenas alguns, e ser mais justo e mais rigoroso na utilização dos
recursos públicos são valores que seguimos e que respeitam a forma
natural de ser e de sentir das gentes do Porto.
É com o
inabalável propósito de construir um Porto melhor para si e para
aqueles que nos dão o prazer da sua visita, que todos os dias os
portuenses trabalham, honrando a sua história.
Porque foi justamente com honra e trabalho que se construiu a antiga, mui nobre e sempre leal, invicta cidade do Porto."
Rui Rio, Mensagem do Presidente, s/d, <http://www.cm-porto.pt/gen.pl?sid=cmp.sections/18> (18 Janeiro 2009).
"(...)
esta injustiça afectava a cultura da cidade:
a matisse ligava-se menos do que ele merecia,
a gente vivia numa atracção parnasiana
por rosas e azuis esmaecidos; era a felicidade [macilenta
de debitar rilkasso, que bom era imitar imitações alheias, dar faltas ao liceu, ir à ["divulgação",
ver actrizes do "tep", as cobiçadas ninfas
que agarrassem picasso pela cauda e a nós [por onde calhasse.
muito onanista notório ficaria excitado
com o seu ar muito puta e muito grande dama
quando você se despe musa, quando você se despe
simulando uma luxúria fabulosa
e fica em frente ao espelho pra se ver e me ver
como estou a aguardá-la entre surdinas tensas
e depois já se sabe e temos todo o tempo
e nalgumas censuras fumamos um cigarro,
falo-lhe da foz velha, descrevo-lhe paisagens
nascendo de relâmpagos e logo se apagando,
recordamos histórias enlaçadas no corpo,
fazemos zigzagues no tempo e não apenas.
(...)
Vasco Graça Moura, in "Picasso visto do Porto"
Parabéns pela foto!!
JG
Posted by: JG | 09/03/2009 at 09:54
Parabens pela foto e pelo blog.
Posted by: João | 27/07/2009 at 16:04